segunda-feira, 11 de maio de 2009

a conversa

.ontem tive uma conversa contigo. eu disse tudo o que pensava e sentia. fui sempre clara e coerente… nem parecia eu. tu reagiste exactamente como eu esperava. mostraste estranheza em alguns momentos e empatia noutros mas compreendeste a densidade de tudo: a fragilidade das minhas certezas, a força das minhas dúvidas, o significado dos meus silêncios. falámos de tudo e de nada. a cumplicidade envolveu todas as diferenças e a realidade foi tomando forma só na união das nossas palavras.
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depois, já muito tarde, tu chegaste e vieste deitar-te. abracei-te e tentei, com o calor do meu corpo, apagar o mundo de distâncias que existe entre nós e que todos os dias se alimenta de ausências e coisas que ficam por dizer.
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amanhã, pensei, talvez amanhã.

.raquel patriarca
onze.maio.doismilenove

1 comentário:

  1. Queria reagir a este teu post, mas temo uma intromissão indevida...
    Penso, no entanto, que do longe se faz perto e até por entre os silêncios se pode comunicar...

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