den lille havfrue no porto de copenhaga - dinamarca |
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Não era tão bonita como tinha lido. Também não era tão feia como me tinham dito. Suponho que não ajude o facto de, por estes dias, ter nome de detergente e de eu já me sentir tão longe de princesas ou fadas. Não as sei encontrar em mim e, muito menos, interpretá-las em contos ou em estátuas. E contudo, pareceu-me serena. Quase resignada. Assim, sem ansiedade nenhuma, ninguém à espera, nenhum lugar para onde ir. É enternecedor vê-la ali, só sentada e sem frio, despertencida do mar porque está na rocha e longe da terra que eu piso. O reino daquele príncipe que, como ela, é duvidoso que exista. Foi só um momento que estivemos juntas. Depois, eu segui caminho e ela ficou.
in: diário de viagem: dinamarca, pp.
raquel patriarca | dezasseis.fevereiro.doismilequinze
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