de pé e mão na cinta,
uma poesia
"homens que são como lugares mal situados"
era muito bonita
falava de pessoas em desalinho
em 'desambiente'
sempre.
falava de mim.
e eu
encantada de me encontrar
não escutava (de verdade) a poesia
que, de pé e mão na cinta, se dizia
prendeu-se-me a alma
em abandono e desconcerto
logo no título
e aí encerrei eu o poema
naquele primeiro verso
simples
só
despido das demais explicações
em que a voz discorria,
de pé e mão na cinta,
no resto da poesia.
b. pecorabuona
dezassete.outubro.doismileoito
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