segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

las meninas

princesa margarida
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filha de filipe IV de espanha e figura central de "las meninas" de velázquez, 1656

desejo de princesa

diz-me princesa,
o que tu desejas mais?

correr e gritar, corada e descalça,
o palácio de ponta a ponta.
ser menina de faz-de-conta.

despentear a brincadeira,
sem rendas e sem laços.
ter o riso e a chuva nos braços.

não pode ser princesa,
que ainda te descompões.

raquel patriarca
vinteedois.dezembro.doismileoito

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

photo grafia XVII

"folhas caídas"
capela de carlos alberto, avenida das tílias, jardins do palácio de cristal - porto
raquel patriarca
quinze.novembro.doismileoito

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

trezentos e sessenta e cinco

hoje o blankbluebook celebra um ano de existência. parece-me um bom pretexto para fazer um balanço do que este espaço (afinal de contas) se tornou e daquilo que pode vir a ser no futuro.
o que começou como um projecto pessoal de descoberta, experiência e exercício de escrita, decidiu que havia de ser um ponto de partilha de palavras, imagens e estados de alma.
não há grandes revelações a fazer… para mim tem sido importante (sobretudo) como ponto de encontro comigo. um lugar onde me sinto confortável, que gosto de tratar bem, que me dá razões para escrever mais e para levar a sério as brincadeiras da vida. uma linha imaginária que divide a realidade em dois mundos e que me permite calcorrear mais relvados e areias do lado do sonho.
e porque sonho que um dia o meu nome deixe de ser apenas um conjunto de palavras, o blankbluebook vai sair do (rebuscado) anonimato em que se manteve durante este ano de gestação. no fundo nada muda. as mesmas mãos afiveladas ao mesmo teclado. mas aquelas palavras no fim… aquilo… é o meu nome.

raquel patriarca
nove.janeiro.doismilenove

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

regresso ao normal

domingo para segunda. tudo pronto para o dia de trabalho. jantei cedo e deitei cedo. depois… bem, depois foi o costume. não fiz a digestão e fiquei mal disposta. estive a ler até às quinhentas da manhã. até já não aguentar as dores nos ombros e nas costas. já sem noção das horas levantei-me para vomitar as tripas, enquanto tentava não fazer barulho - que alguns de nós tinham de ir de madrugada para lisboa. voltei para a cama e para o livro, sem posição e sem dormir. tive frio e calor. tive fome, sede, comichões, ansiedade… adormeci tão tarde que já era cedo. passada meia hora tocou o despertador – para aqueles de nós que de madrugada iam para lisboa. rendi-me à insónia e, fiquei a olhar para o tecto à espera da hora de levantar. foi então que adormeci profundamente.
b. b. booker
seis.janeiro.doismilenove