quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Abelhinha voa voa, que o teu livro vai a Lisboa!

.
notícia de última hora
A ABELHA ZARELHA VOA ATÉ LISBOA
 

A Abelha Zarelha e as suas amigas vão estar no próximo sábado, dia 15, em Lisboa e podem ser encontradas 
na Livraria Bulhosa - Campo de Ourique, pelas 11.30h
e na Livraria Letraria no C.C. Dolce Vita Oeiras Algés, pelas 17h.
 

Haverá histórias e livros e antenas na cabeça... é impossível não dar com elas!

Beijuzzzzzzz e até lá


.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

as amigas da Abelha Zarelha...



..
.



Como as maçãs, os livros com bicho são os mais doces.

Nas suas páginas encontramos histórias rimadas para ler em silêncio ou contar em voz alta, onde pequenas personagens com patinhas e antenas sonham, brincam, vivem aventuras e experimentam as surpresas de ser humano e os desafios próprios da sua condição de bichezas curiosas e mexericas, que fazem sorrir sem cócegas ou comichões.
..


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

o voo inaugural da Abelha Zarelha

.
É com o coração abelhudamente alegre que vos convido a virem partilhar comigo o voo inaugural da Abelha Zarelha e a tarde de dia 24 de Novembro.
Gostava muito que pudessem estar presentes... Zuuummm.

.
.
 .

Um abraço,
.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

.
.
"a match made in heaven"
.raquel patriarca e marta jacinto - parceiras de bicheza
casa da música - porto
.
Marta Jacinto nasceu em 1979 no Algarve e é conhecida entre os seus amigos como Martolita. Vive junto ao mar e ocupa os dias a ilustrar livros, mas o que gostava verdadeiramente era de ser astronauta. É praticante regular de lutas com almofadas, se fosse um animal seria uma foca. Dentro de si habita uma grande variedade de espécies de bichos e coisas assim. Gosta de ver desenhos animados em pino e de fazer queques de laranja e canela. Não usa bigode e dá nomes a todas as árvores que conhece.
.
Raquel Patriarca, conhecida só por Raquel, nasceu em 1974 em Benguela. Vive no Porto numa casa cheia de livros e brinquedos, com uma magnólia no jardim onde a relva está, quase sempre, grande demais. Faz muitas perguntas sobre as histórias das coisas, descalça as sapatilhas com os atacadores apertados e se fosse um animal seria um ornitorrinco. É bibliotecária e colecionadora de marcadores de livros. Gosta de gatos, pijamas felpudos e de leite com chocolate. Quando for grande quer ser poeta.
.
fotografia: susana ferreira | ilustração: marta jacinto | texto: raquel patriarca
.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

a abelha zarelha

.
..
HÁ UMA NOVA MÚSICA NO MUNDO! 
E É ZUM-UM ZUM-UM ZUM-UM...
. 
Está quase quase mesmo mesmo a chegar a ABELHA ZARELHA!
Podemos encontrá-la nas livrarias já a partir do dia 23 de Junho.
As mamãs (a Marta e Eu) estamos muito felizes com a chegada da Zarelhita e queremos apresentá-la a todos os nossos amigos.
Esperamos que gostem tanto dela como nós, e que se divirtam.
 .
VUM-UM... e mai nada!
.

A Abelha Zarelha
texto de Raquel Patriarca. ilustração de Marta Jacinto.
Vila do Conde: Booklândia QuidNovi, 2012.
(Livros com Bicho; 1)
.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

história de encantar na papillon

.
no sábado, dia 2 de junho, entre as 11.00h e as 13.00h, na Papillon Vagabond vamos costurar um fato novo para o rei.
.
..
a partir da versão escrita por Xosé Ballesteros e ilustrada por João Caetano de um conto clássico de Hans Christian Andersen "O fato novo do Rei" vamos contar histórias, brincar e celebrar o Dia Mundial da Criança.
Fica o convite para se juntarem a nós.
..
organização: Maria José Santos
apoios: Papillon Vagabond | Kalandraka Portugal
leitura: e brincadeira Raquel Patriarca
.Papillon Vagabond - Avenida Boavista 3523, Loja 9, Porto, Portugal 4100-139
mais informação em: Papillon Vagabond | Kalandraka Portugal | Evento
.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

photo grafia LVIII

.
.
"homo dei sum"
.
página de manuscrito em pergaminho
cinco.agosto.doismileonze
.
raquel patriarca
.

curtas # 3 e meio

.
não é ofício do poeta narrar o que aconteceu; é, sim, o de representar o que poderia acontecer com a verossimelhança possível.
.
Aristóteles, 384 a.C. - 322 a.C.
Arte Poética, cap. IX
.

a história de como o azeite

.
Dom Azeite Azeitoninho de Monte-Plano Lampante Reguengos de
                                                            [ Oliveira Carocilho e Alarcão
Era um senhor rubicundo
e profundamente careca
que vivia numa ramada seca
em Azeitão.
.
Falava imenso,
sempre muito alto –
com a sua cara de pele lustrosa
virada para cima a brilhar –
na toada discursiva
de quem sabe tudo,
peito inchado,
sobrolho franzido e
braços a gesticular.
.
Gabava-se de ser Rei
das Hortas, das Oliveiras e da Criação,
Senhor dos Lagares do Azeite,
rico que nem sabia quanto!
Navegador d’ aquém e d’ além
do Regato Pingado da Rega
Imperador das varetas,
e isto e aquilo e mais que Santo.


Tinha só uma folha pelada
que chamasse sua,
o resto era basófia e
refinadíssimas balelas,
está mesmo bom de ver!
Por dentro
tinha um caroço
preto e duro como os outros,
e sangrava a mesma matéria,
densa e viscosa ao arrefecer.
.
E lá andava muito empinado,
a rebolar por todo o lado,
a arengar à esquerda e à direita
com voz cava de cavalheiro.
Mas houve um dia
em que perdeu a compostura,
estalou-se-lhe o verniz da casca
e mostrou a polpa de arruaceiro:
.
Alguém o chamou
sem as untuosidades de que ele gostava:
- Anda cá, ó Azeitona!
E ele parou de repente
engasgou-se-lhe o caroço,
passou-lhe uma coisa pela vista,
foi direito ao outro e zás!
Acertou-lhe uma tapona.
.
E estavam todos tão cansados
das retóricas e tiques de
Dom Azeite Azeitoninho de Monte-Plano Lampante Reguengos de
                                                            [ Oliveira Carocilho e Alarcão
que foi um deleite:
É que o outro
era maior e não se ficou,
apanhou-o pela largueza da baga,
e apertou
e triturou
e torceu
e espremeu
e sacudiu
até que nada sobrou,
senão uma pocinha de azeite.
.
raquel patriarca | vinteecinco.maio.doismiledoze

segunda-feira, 23 de abril de 2012

fotocionário VI: biblioteca [no dia mundial do livro]

.

bibliotecas.f. - do grego βιβλιοϑήκη, composto de βιβλίον "livro", e ϑήκη "depósito". biblioteca é todo espaço - concreto, virtual ou híbrido - destinado a guardar informação em qualquer tipo de formato. a representação do Paraíso, segundo Jorge Luís Borges. lugar encantado cheio de portas e janelas que dão para sabe-se lá onde, onde até as coisas mais escangalhadas acabam por fazer sentido. contém uma dimensão de infinitude: o individuo pode sair da biblioteca mas a biblioteca não sai do indivíduo.
.
raquel patriarca | vinteeoito.maio.doismiledoze
.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

palavras para que vos quero, o terceiro

.
.
"palavras para que vos quero"
3º encontro de literatura infanto-juvenil da s.p.a. 
dia 14 de abril - biblioteca municipal almeida garrett
entrada livre.
.
.

quinta-feira, 29 de março de 2012

ser poeta outra vez

.
plantar palavras
sem terra nem vento
e beijar
as bochechas à lua cheia
inventar desvarios

e sonhar
todos os dias
em viver duas vidas e mais

outra vida e meia
tocar no cheiro dos dias
depois da chuva
e não ter as dúvidas
das pessoas com juizo
ter abraços longos
onde pode caber o mundo
e a alma em colagens
de pedaços de riso
sem razão e sem sentido
de ser assim
esdruxulamente

grande e serena e completa
e existir muito

num momento muito claro
e sentir o sol nos dedos

como se fosse poeta
.

raquel patriarca | vinteenove.março.doismiledoze
.

quarta-feira, 21 de março de 2012

ser poeta

.
que nada mais sonhara -
nenhum outro horizonte
nenhuma outra meta -
só o ser, por inteira
e ao menos uma vez no ano,
nada menos que poeta
.
raquel patriarca | vinteeum.março.doismiledoze
.

notícias do dia mundial da poesia

.
e hoje, que é dia mundial da poesia, quero dar boas notícias …
vou publicar as ‘bichezas’! os ‘livros com bicho’ devem começar a infestar as livrarias lá para julho e estou tão contente que não me cabe um feijãozito… bem, não me cabe um feijãozito em lado nenhum!
estou em pulgas… (hehehehe. percebram? em pulgas… das bichezas… humm, pois.) estou em pulgas para re conhecer as minhas histórias, mas agora em forma de objecto lindo com páginas coloridas e com ilustrações e guardas e capa e lombada…
.
(pausa para suspirar e sorrir e esquecer-me do que estava a dizer).
.
e pronto. é isso. tinha que partilhar ou rebentava-se-me a cabeça e ainda me saltava um olho fora.. (olha que pouco poético...)

.
um feliz dia da poesia!
.
raquel patriarca | vinteeum.março.doismiledoze
.

quinta-feira, 8 de março de 2012

curtas # 3 ou eles dizem que hoje é dia da mulher

.
há cidades cor de pérola onde as mulheres
existem velozmente. onde
às vezes param, e são morosas
por dentro. há cidades absolutas,
trabalhadas interiormente pelo pensamento
das mulheres.
.
herberto helder | há cidades cor de pérola onde as mulheres [excerto]
. 

segunda-feira, 5 de março de 2012

curtas # 2

.
é estranho este fenómeno de as bibliotecas terem todas cheiros diferentes enquanto as igrejas cheiram quase todas ao mesmo
.
raquel patriarca | cinco.março.doismiledoze
.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

história antiga feito hoje

.
era uma vez
o joanete rabanete
com cabeça de alfinete
e cara de biscoito.

que era vizinho da frente
do chocolate larate
com nome de disparate
que vivia no número oito.

eram grandes
amigos de há muito tempo:
passeavam juntos,
partilhavam de tudo,
conheciam-se bem,

e não escondiam nada nada nada
um
do
outro…
excepto que
um era caprichoso
e o outro supersticioso,
mas qual deles era
o quê ou o porquê
não sabiam eles nem ninguém.

um dia -
sem estar sol nem ser feriado -
o joanete rabanete e o chocolate larate
passeavam nos arrabaldes do bairro,
lá para os lados do laranjal azul,
quando foram, de repente, atacados
por uma horda de jábastassins plim-plins
corridos das terras arrepiadas do sul.

muito assustados e atrapalhados
o joanete rabanete com cabeça de alfinete
e o chocolate larate com nome de disparate
correram pelo caminho de volta
a gritar que o fim do mundo andava à sólta
e tropeçavam e rebolavam
mas nem precisavam
que os jábastassins plim-plins
não vão daqui                                                     ali
sem papéis assinados,
dois atestados,
três decretos e afins.

correram, correram
muito depreeessa!
quem os via, dizia:
lá vai
o joanete larete com cabeça de disparete
e o chocolate rabanate com nome de alfinate!

chegaram a casa estourados,
coitados!
e esconderam-se logo, muito assustados.
um
na cave trancado, com um olho fechado
na sua cara de biscoito,
o outro
debaixo de um travesseiro da cama do quarto traseiro
da casa do número oito.

nunca mais ninguém os viu.
dizem por aí que o chocolate larate
por medo ou superstição
fez uma dieta de chás e temperos
com grandes desesperos
e agora está magrinho,

e o joanete rabanete
por capricho do acaso,
escreve papéis assinados, decretos e atestados,
nas terras arrepiadas do sul
onde hoje é meirinho.
raquelpatriarca|treze.janeiro.doismiledoze
.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012