segunda-feira, 5 de maio de 2008

carta a uma mãe


a ti, que és a pessoa mais iluminada e clarividente que conheço, quero dizer-te que...

que te amo.
que és para mim a prova da existência de algo superior, de infinitamente belo e bom e genuíno e puro.
que vivo a minha vida guiada pelo que os teus olhos e o teu coração vêem em mim.
que, ainda que um dia – jovem e ignorante – tenha pensado que eu decidiria melhor, tudo o que desejo hoje é poder decidir com a mesma sabedoria, e aceitar as consequências com a mesma dignidade.
que me sentirei realizada – como mãe, como mulher e como pessoa – se um dia merecer do meu filho o respeito e a admiração que tenho por ti.
que o meu bem estar e a minha paz de espírito dependem da tua graça e do teu perdão.
que procuro, todos os dias, ser alguém, de quem te possas orgulhar de ser mãe.
que nada é real até que tu o saibas, e nada é bom ou mau até que tu o digas.
que não te mereço. que és a melhor parte do mundo, a melhor parte de mim.
que a tua presença me regenera e a tua ausência me dói.
que te amo desmesuradamente.

que espero que conheças e saibas o que sinto por ti... porque eu quero explicar-te mas não consigo.
b. b. booker
maio de 2008

2 comentários:

  1. Achas possível explicares algo tão profundo de forma mais explícita...
    O sentimento de amor e de ternura e intimidade é tão forte...
    É como uma corda bem forte em que o seu entrelace é feito de fios e cada fio representa cada sentimento existente nessa relação.
    Mais uma vez adorei ler-te.
    A tua amiga
    Juli

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  2. Linda é a descrição a admiração o sentimento com que fala dela, a sua mãe,e posso dizer que esta doçura de senhora mereçe tudo isto Raquel, pode ser assim como sua mãe, mas aos outros que nada lhe eram, apenas pessoas que ela dava o seu sorriso, o seu carinho, por isso a admiro e guardo todos os bons momentos que ela me deu.

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