Então foi
assim:
Hoje
celebrou-se a abertura oficial do ano lectivo na Faculdade de Letras da
Universidade do Porto. O que costumamos chamar de alma mater, e que
partilho com muitos amigos e colegas, tem, para mim, muitos significados, tempos e espaços. Além dos
5 anos de licenciatura, dos 4 anos de mestrado e dos 5 de doutoramento, pesam
os 7 anos em que trabalhei na Biblioteca Central. Aprender, investigar e escrever ciências humanas é bestial, mas trabalhar numa Biblioteca é
maravilhoso e um privilégio todos os dias da semana. Ainda trago, presos à
alma, o cheiro dos livros e a cola do adesivo das cotas, e parece-me que há caras e mãos que me acompanham há tanto tempo que não me lembro de existir sem elas.
Sim, é
verdade que o edifício é esquisito, mas calha de ter sido por lá que vivi
muitos momentos marcantes, e também foi por lá que fiz alguns dos melhores
amigos que trago na vida.
Quando
recebi em casa um convite (que não confirmei porque sou uma despassarada irremediável), um convite – dizia eu – a informar-me, ainda por cima, que ia ser homenageada
por mor me ter doutorado em História no ano passado, decidi que queria lá
estar. Senti, sem modéstia absolutamente nenhuma, que merecia; achei que era uma
excelente oportunidade para dar abraços e beijinhos a colegas, amigos e
professores; e pensei que há poucas coisas na vida melhores que ser homenageado
num lugar onde nos sentimos em casa.
Por outro
lado, e num incrível bónus de felicidade, a Lição de Sapiência foi feita pela
grande escritora Lídia Jorge, a quem pedi que me assinasse “A costa dos
murmúrios” com a magnífica Parker que recebi de presente, e a quem confessei
que, quando fosse grande, queria ser como ela. O que disse é verdade, mas agora acho que, às tantas, falei demais... a minha falta de presença de
espírito ainda há-de ser a minha ruína, eu sei. Seja como for, foi magnífico!
E queria
deixar um beijo enorme à Fátima Lisboa por me tratar com uma ternura que
não sei se mereço, e dizer-lhe que não tirei uma fotografia com ela, mas que
sou rapariga para, um destes dias, a ir visitar de máquina em punho!
Queria
também deixar um abraço a todos os que não estavam mas estavam… vocês sabem de
quem é que eu estou a falar.
raquel patriarca | trêsdenovembrodedoismiletreze
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ResponderEliminar[por estas linhas, por todo este seu percurso...]
um sorriso, um abraço!
Lb
Obrigada, Leonardo. Pelas palavras e por andar aqui por perto. Saiu-me mesmo um sorriso e mando outro abraço de volta.
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